Appel à communications « Spaces and Routes: Interdisciplinary Approaches to Literature and Cartography »
Maps do not cease to fascinate writers and scholars alike, as these “whisper implicit promises of comprehension, of clarity, of transparency, and of order” (Engberg-Pedersen 2017), which effectively inform the literary endeavor. In these respects, though, the help is mutual: just as forms of real or fictional mapping may fulfill a literary purpose, literature offers a privileged perspective on the lack of objectivity of maps as instruments of political dominance, cultural appropriation, and social exclusion (Farinelli 2003; Pickles 2004; Olsson 2007). Of course, scholarly interest in maps as objects of knowledge and power is part of a wider and deeper reconsideration of the relationship between history, culture, and space, known as the Spatial Turn (Juvan 2015), which gave birth to methodological proposals such as Moretti’s (1998) and Westphal’s (1999) applications of geocriticism. Subsequently, in the last decades maps have played a fundamental role in literary and cultural analysis, either for the study of implicit or explicit cartographies in literary works (Piatti 2008; Tally 2013) or for the development of cartographic representations of the spatial distribution of cultural systems (Alves e Queiroz 2013; Juvan 2015). While the enormous potential of interdisciplinary crossings between literature and cartography is still being assessed by the scientific community, it has now become possible to productively analyze spaces and cultures crossed by dense transnational phenomena, which leave their mark on literary texts and textualities. Moreover, this theoretical trend has been consolidated by the implementation of digital cartographic technologies, most specifically Geographic Information Systems, thus giving rise to projects of digital literary cartographies (Cooper Donaldson and Murrieta-Flores 2016; Gregory 2022). Following the 2019 international conference Writing Spaces, Mapping Words: Crossings Between Geography, Cartography And Literary Studies, this forthcoming event organized by the Center for Comparative Studies at FLUL aims to stimulate further conversation on the relationship between cartography and literary studies through a wide range of approaches and perspectives, such as by investigating the representation and meaning of maps in literary texts, by considering the intersections, common traits, and parallel evolutions between cartographic and literary imagination, and, finally, by applying cartographic methodologies to the analysis of literary texts or systems. Topics of interest may include (but are not limited to): Practical information: This is an in-person event. The conference will take place at the School of Arts and Humanities of the University of Lisbon on June 6-7, 2024. Scholars interested in participating should send a proposal (name, email and institutional affiliation, title, 250-word abstract and 100-word bionote) to maplit@letras.ulisboa.pt before January 15, 2024. We welcome both individual contributions and panel proposals. The latter should include 2-3 individual abstracts, as well as a brief description of the session. The contact person for the panel should be clearly identified in the proposal. Official conference languages are Portuguese and English, but contributions in other languages will be considered. Important deadlines: Proposal submission: January 15, 2024 Communication of proposal admission or rejection: February 29, 2024 Early bird registration: March 31, 2024 Final registration: April 30, 2024 Conference fees: Registration fee: (early bird) 80€ / (standard) 100€ Reduced fee for postdoctoral researchers, independent scholars, PhD and master’s students: (early bird) 40€ / (standard) 50€ Attendance with certificate: 20€ Free registration for members of CEComp and FLUL students and attendance without certificate Organizing committee: Scientific committee: Os mapas não deixam de fascinar escritores e académicos, na medida em que estes « sussurram promessas implícitas de compreensão, de clareza, de transparência e de ordem » (Engberg-Pedersen 2017), que moldam o esforço literário. Por outro lado, trata-se, porém, de uma ajuda mútua: assim como as formas de mapeamento, real ou ficcional, podem cumprir um propósito literário, a literatura também oferece uma perspectiva privilegiada sobre a falta de objetividade dos mapas como instrumentos de dominação política, apropriação cultural e exclusão social (Farinelli 2003; Pickles 2004; Olsson 2007). O interesse académico pelos mapas como objetos de conhecimento e poder faz parte de uma reconsideração mais ampla e abrangente da relação entre história, cultura e espaço, conhecida como Spatial Turn (Juvan 2015), que deu origem a propostas metodológicas, como as abordagens geocríticas de Franco Moretti (1998) e Bertrand Westphal (1999). Posteriormente, já no século XXI, os mapas têm desempenhado um papel fundamental na análise literária e cultural, seja para o estudo de cartografias implícitas ou explícitas em obras literárias (Piatti 2008; Tally 2013) seja para o desenvolvimento de representações cartográficas da distribuição espacial de sistemas culturais (Juvan, Alves). Embora o enorme potencial dos cruzamentos e articulações interdisciplinares entre literatura e cartografia esteja ainda a ser avaliado pela comunidade científica, tornou-se agora possível analisar produtivamente espaços e culturas atravessados por densos fenómenos transnacionais, que deixam a sua marca nos textos literários e nas textualidades. Além disso, esta tendência teórica tem sido consolidada pela implementação de tecnologias cartográficas digitais, mais especificamente os Sistemas de Informação Geográfica, dando assim origem a projetos de cartografias literárias digitais (Gregory, Murrieta Flores). Na sequência da conferência internacional de 2019 Escrever Espaços, Mapear Palavras: Crossings Between Geography, Cartography And Literary Studies, este próximo evento, organizado pelo Centro de Estudos Comparatistas da FLUL, pretende estimular o diálogo sobre a relação entre a cartografia e os estudos literários, através de um vasto conjunto de abordagens e perspectivas: investigando a representação e o significado dos mapas nos textos literários, considerando as interseções, traços comuns e evoluções paralelas entre a imaginação cartográfica e a imaginação literária e, finalmente, aplicando metodologias cartográficas à análise de textos ou sistemas literários. Os tópicos de interesse podem incluir (mas não estão limitados a): Informações práticas: A Conferência Internacional Espaços e rotas: abordagens interdisciplinares entre literatura e cartografia terá lugar na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa nos dias 6 e 7 de junho de 2024. Todos os interessados em participar devem enviar uma proposta (nome, email e afiliação institucional, título, resumo de 250 palavras e bionota de 100 palavras) para maplit@letras.ulisboa.pt, até 15 de janeiro de 2024. São bem-vindas tanto contribuições individuais como propostas de painéis. Estas últimas devem incluir 2-3 resumos individuais, bem como uma breve descrição da sessão. A pessoa de contacto para o painel deve ser claramente identificada na proposta. As línguas oficiais da conferência são o português e o inglês, mas serão também consideradas contribuições em outras línguas. Datas importantes: Apresentação de propostas: 15 de janeiro de 2024 Comunicação da admissão ou rejeição da proposta: 29 de fevereiro de 2024 Inscrição antecipada: 31 de março de 2024 Inscrição: 30 de abril de 2024 Taxas de inscrição: Taxa de inscrição: (early bird) 80€ / (standard) 100€ Taxa reduzida para investigadores de pós-doutoramento, académicos independentes, estudantes de doutoramento e de mestrado: (early bird) 40€ / (standard) 50€ Participação com certificado: 20€ Inscrição gratuita para membros do CEComp, estudantes da FLUL e ouvintes sem certificado. Comissão organizadora: Comissão científica: